A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta segunda-feira, 24/03/2025, em R$ 501.570,73. Os touros conseguiram romper a resistência de US$ 85 mil e elevar o BTC até US$ 87 mil novamente, com uma alta de quase 4%.
A alta pode ser atribuída em partes a declaração do Fundo Monetário Internacional (FMI), que reconheceu o Bitcoin e as criptomoedas como reserva de valor e emitiu uma nova norma de classificação para os países.
O cofundador da BitMEX, Arthur Hayes, previu que o BTC poderia atingir US$ 110.000. De acordo com Hayes, a postura dovish do Federal Reserve dos EUA sobre a inflação e a flexibilidade do presidente Trump sobre tarifas podem ser os catalisadores que podem aliviar as preocupações do mercado e possivelmente fortalecer a confiança dos investidores.
Dados da CryptoQuant mostram que a quantidade de stablecoins (ERC-20) disponíveis na Binance atingiu um novo recorde histórico, ultrapassando US$ 31 bilhões.
'Esse aumento indica que os investidores na Binance permanecem confiantes e estão se preparando para entrar ou reentrar no mercado, o que geralmente é um sinal otimista. Além disso, a exchange pode estar aumentando suas reservas de stablecoins para acomodar a demanda de investidores que ainda buscam hedge e pela liquidez recebida", destacou o analista Manish Chhetri.
Além disso, dados da Coinglass mostram que a pressão de venda vem diminuindo, fortalecendo os touros.
"Se o BTC encontrar suporte em torno de sua EMA de 200 dias em US$ 85.519, ele pode estender a recuperação para testar novamente o nível psicológico chave de US$ 90.000. Um fechamento bem-sucedido acima desse nível pode estender um rali adicional em direção à sua máxima de 2 de março de US$ 95.269", apontou Manish Chhetri.
Porém, boa parte dos traders ainda destaca que o clima pede cautela. Segundo eles, os touros têm muito a fazer para desencadear uma tendência de alta confiável. Eles alertam, e apesar de ter subido quase 15% em relação às mínimas de vários meses do início deste mês, o BTC/USD pode muito bem ver uma nova queda.
“O sentimento do mercado foi restaurado após atingir as liquidações curtas em $87,1k. Agora, pode ser uma boa oportunidade para o MM sacudir o mercado novamente”, escreveu o popular trader CrypNuevo em sua última análise X.
“Podemos ver uma retração daqui nas próximas 1-2 semanas, um retrocesso dessa recuperação.”
Gráfico de liquidez do BTC. Fonte: CrypNuevo/X
Ele viu a liquidez negativa próxima a US$ 80.000 como uma meta potencialmente lucrativa, aconselhando os seguidores a “terem cuidado com o risco”.
Gráfico de 1 hora do BTC/USDT. Fonte: CrypNuevo/X
Na mesma linha o trader conhecido como HTL-NL descreveu o cenário de curto prazo como "nada bom" para os touros, visando US$ 90.000 como teto antes que uma reversão ocorra.
Cenário favorável
Já Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, destacou que o cenário atual confirma projeções feitas em semanas anteriores e abre caminho para uma nova máxima no curto prazo.
"O S&P 500 vinha em queda de 10% a 11%, mas na semana passada encontrou um suporte e começou a reagir lentamente", afirmou Miranda. Segundo ele, o índice subiu "meio por osmose", até ganhar força após a fala do Fed na última quarta-feira, que reacendeu o otimismo entre investidores ao sinalizar possíveis cortes de juros ao longo de 2024.
Essa movimentação no mercado tradicional teve reflexo direto nas criptomoedas. De acordo com Miranda, a correlação entre o S&P 500 e o Bitcoin permanece forte, e os dois ativos reagiram positivamente nos últimos dias.
"O S&P 500 iniciou um pullback, quebrou uma estrutura de baixa no curto prazo, e o BTC está fazendo um movimento semelhante", explicou o analista. Para ele, esse padrão confirma o cenário já previsto anteriormente: "Se o S&P buscasse os 5.900 a 6.000 pontos, o Bitcoin naturalmente faria um pullback para a faixa dos US$ 90 mil a US$ 92 mil".
Neste momento, o BTC se aproxima exatamente dessa zona de preço. Para Miranda, caso o ativo ultrapasse esse patamar, a nova projeção aponta para um alvo de US$ 96 mil.
Além do otimismo com o Bitcoin, Miranda também vê espaço para um desempenho ainda mais expressivo das altcoins. "Enquanto o BTC sobe 4% ou 5%, as altcoins podem subir 10%, 15%, 20% ou até 30%", observou. Ele destacou que muitas dessas criptomoedas alternativas estão em zonas de fundo, o que oferece excelentes oportunidades de compra para investidores atentos.
A segunda-feira já começou com o mercado "verdinho", segundo Miranda, com os ativos em alta e o sentimento positivo predominando.
"Começamos bem a semana. O mercado está subindo, e continuamos com nossa análise de alvo para os US$ 90 mil a US$ 92 mil", reiterou.
Portanto, o preço do Bitcoin em 24 de março de 2025 é de R$ 501.570,73. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0019 BTC e R$ 1 compram 0,0000019 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 24 de março de 2025, são: Sonic (S), Render (RNDR) e Avalanche (AVAX), com altas de 16%, 15% e 12% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 24 de março de 2025, são: Pi Network (PI), Tron (TRX) e Mantra (OM), com quedas de -6%, -3% e -2% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão