A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta terça-feira, 10/0/2025, em R$ 567.243,50. Os touros estão encontrando dificuldades para elevar o preço do BTC acima de US$ 99 mil e buscar uma recuperação em US$ 100 mil, contudo dados sobre as possíveis reservas de BTC no governo dos EUA e em diferentes estados da nação, pode impulsionar o valor.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, destaca que no domingo, Trump anunciou uma nova tarifa para importação de alumínio e aço aos Estados Unidos, colocando mais pressão sobre a perspectiva de inflação e a consequente manutenção dos juros.

"E por falar em inflação, ao longo da semana, teremos o anúncio do índice de preços ao consumidor. O mercado vai estar de olho nesse dado. Mesmo que não seja possível medir os efeitos do tarifaço de Trump, se a inflação estiver alta antes mesmo dessas ações entrarem para jogo, os investidores podem digerir muito mal o futuro dos preços no país.

Tudo isso gera muita tensão dentro do mercado, o que afasta os investidores do risco ou, no mínimo, limita suas ações. Os ETFs de Bitcoin traduzem bem esta situação. Neste caso, o fluxo permanece positivo, porém, bem mais tímido, com a entrada de "apenas" US$ 200 milhões", disse.

Fernandes aponta que o mercado vai precisar reaprender a jogar este jogo com os ruídos externos, "até lá, a pressão inflacionária deve ditar o ritmo do quanto os investidores vão se expor, o que pode limitar, no curto prazo, o desempenho das criptomoedas"

"Bitcoin nesse exato momento numa zona de suporte na base dos US$ 95.300 e resistência base dos US$ 100 mil.O melhor ponto de compra para quem quer acumular nessa zona agora de lateralidade é na base entre US$ 93 mil a US$ 92 mil.

Acredito que esse mês de fevereiro e o primeiro trimestre do ano deve ser bem positiva para o Bitcoin e principalmente para as altcoins, porque as altcoins tiveram uma correção bem grande, muitas delas estão em fundos, fundos de suportes importantes, então tem upsides aí bem legais", disse Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin.

Olhando para os gráficos, Pedro Gutiérrez,  diretor Latam da CoinEx, destaca que com base no gráfico atual, o Bitcoin está oscilando logo abaixo de US$ 100.000, que continua sendo um nível técnico chave. Apesar da recente correção, o preço ainda mantém uma tendência de alta no médio prazo, sustentada pela nuvem Ichimoku, indicando que a tendência permanece favorável para os compradores.

Segundo ele, se o Bitcoin mantiver o suporte em torno de US$ 94.500, poderemos ver um rali em direção a US$ 102.000 e além. Por outro lado, a situação externa, como a guerra tarifária iniciada por Trump, especialmente focada no aço, pode gerar volatilidade nos mercados tradicionais, impactando tanto as taxas de juros quanto ativos como o Bitcoin.

"A guerra tarifária, especialmente voltada para o aço, pode aumentar a inflação nos EUA, o que, por sua vez, pressionaria o Federal Reserve a ajustar as taxas de juros. Um aumento nas taxas de juros tende a reduzir o investimento em ativos de risco, como criptomoedas, pois os investidores passam a preferir ativos mais seguros e com rendimentos mais altos em um ambiente de juros elevados. Se as taxas de juros subirem em resposta às tarifas e à inflação, isso pode reduzir o apetite por risco no mercado e desencadear uma correção nos ativos digitais", disse.

Nesse cenário, o analista aponta que o preço do Bitcoin pode enfrentar pressão de baixa, especialmente se cair abaixo de US$ 94.500, com um possível alvo em US$ 89.000 ou até mesmo US$ 85.000, onde encontraria um suporte significativo.

"Por outro lado, um cenário alternativo poderia ser que a incerteza econômica gerada pela guerra comercial leve os investidores a buscar ativos como o Bitcoin como proteção contra a inflação e a desvalorização da moeda. Se o mercado perceber que as políticas comerciais de Trump e seus efeitos na economia global são prejudiciais para os ativos tradicionais, o Bitcoin pode se beneficiar de uma nova entrada de capital.

Nesse caso, se os preços conseguirem se manter acima de US$ 94.500 e avançarem para US$ 102.000, o Bitcoin pode ser impulsionado pelo crescente interesse dos investidores em ativos descentralizados como proteção contra a volatilidade econômica", finalizou.

Na mesma linha, Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, também destaca que o BTC vem trabalhando lateralmente desde 03 de fevereiro. Segundo ela, se houver rompimento do canal para cima com alto volume comprador, os próximos alvos que servirão como ponto de resistência para o preço da principal criptomoeda do mercado estão nas faixas de preços de US$ 102.200 e US$ 104.645.

"Os suportes de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 94.100 e US$ 87.500", afirmou.

Portanto, o preço do Bitcoin em 11 de fevereiro de 2025 é de R$ 567.243,50. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 compram 0,0000017 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 11 de fevereiro de 2025, são: Kaspa (KAS), Raydium (RAY) e Cardano (ADA), com alta de 17%, 15% e 13% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 11 de fevereiro de 2025, são: Mantra (OM), Marinade Staked SOL (MSOL) e Solana (SOL), com quedas de -3%, -2% e -1% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão