A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta quarta-feira, 07/02/204, em R$ 213.825,22. O Bitcoin continua em seu movimento lateral, ainda preso entre US$ 42.500 e US$ 43.200, um intervalo curto que deve sinalizar um rompimento em breve.

"Com oscilações tão pequenas nos últimos dias, a palavra que define o mercado é lateralidade. Esse comportamento do bitcoin antecede grandes movimentos, para cima ou para baixo. Nos dados on-chain tivemos uma leve redução de 6 mil bitcoins da posição dos investidores de longo prazo (LTH). No Ethereum foram 57 mil ETH de saldo líquido positivo colocados em staking", destacou André Franco, especialista do MB Research do Mercado Bitcoin.

O analista @desertangelo aponta que o Bitcoin está sendo negociado em um canal de preço ascendente, enfrentando resistência em torno dos níveis atuais, enquanto permanece em uma nuvem Ichimoku de alta.

"A média móvel de 100 indica uma tendência de alta contínua, portanto, um rompimento acima da resistência pode sinalizar ganhos adicionais em direção ao topo do canal", apontou.

Bitcoin em tendência de alta

No entanto, segundo o analista Lockridge Okoth, embora as probabilidades favoreçam o lado positivo, dado que o Índice de Força Relativa (RSI) está acima da linha média de 50 e os indicadores de Convergência Divergência de Médias Móveis (MACD) e Oscilador Impressionante (AO) estão em território positivo, o mercado permanece indeciso.

"É necessária mais contração da volatilidade antes da expansão da volatilidade, já que as bandas semanais de Bollinger estão um pouco espaçadas", disse.

Ele aponta que o indicador Bollinger é interpretado de forma que quando as bandas se contraem, significa que a volatilidade está diminuindo. O inverso é verdadeiro, pois à medida que a volatilidade aumenta, as bandas se expandem. Uma contração significativa das bandas com o preço do ativo entre a banda superior e a linha central significa que as probabilidades favorecem o lado positivo.

"No entanto, se o preço do ativo estiver entre a linha central e a banda inferior do indicador Bollinger, o mercado favorece o lado negativo. A expansão da volatilidade segue esta dinâmica, expandindo-se na direção para a qual o mercado se inclina", apontou.

Assim, segundo ele, com o indicador Bollinger tradicionalmente utilizado no período diário, o preço do Bitcoin poderia registrar uma expansão de volatilidade favorecendo a alta. O raciocínio é que ele está acima da linha central do indicador Bollinger em US$ 41.919, com a banda superior e a linha central se unindo, mostrando assim a contração da volatilidade.  

"O aumento da pressão de compra pode fazer com que o BTC rompa a faixa superior de US$ 44.278, estendendo potencialmente os ganhos para o nível psicológico de US$ 46.000. Em um caso altamente otimista, o preço do Bitcoin poderia chegar a US$ 48.000 ou estender-se até o nível de US$ 50.000. Tal medida representaria uma subida de 15% acima dos níveis atuais", afirmou. 

Por outro lado, Okoth destaca que se os touros mostrarem fraqueza, os ursos poderão tomar o mercado, enviando o preço do Bitcoin abaixo da linha central. Uma queda prolongada poderia fazer com que o BTC caísse para a banda inferior do indicador Bollinger em US$ 39.560, marcando uma incursão na zona de demanda entre US$ 38.496 e US$ 39.895. Uma quebra e fechamento abaixo da linha média deste bloco de ordem em US$ 39.196 confirmaria a continuação da queda.

"As próximas metas lógicas para o preço do Bitcoin em tal viés direcional seriam US$ 37.800 ou, em um caso grave, US$ 30.000. Um fechamento diário de velas abaixo deste nível psicológico invalidaria a perspectiva de alta prevalecente", finalizou.

Bitcoin em tendência de alta mas pode cair

Portanto, o preço do Bitcoin em 07 de fevereiro de 2024 é de R$ 213.825,22. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0047 BTC e R$ 1 compram 0,0000047 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 07 de fevereiro de 2024, são: Dymension (DYM), Kaspa (KAS) e Synthetix (SNX) com altas de 37%, 7% e 4% respectivamente.

Criptomoedas para fevereiro

Mychel Mendes, contador especialista em cripto, apontou que após a euforia que tomou conta pela aprovação do ETF de Bitcoin em dezembro, o mercado corrigiu em janeiro e abriu uma janela de oportunidades para quem ainda não havia se posicionado e, diante disso, ele destacou as principais criptomoedas para compar em fevereiro.

  • Ethereum: "Considero o principal ativo para este mês, pois assim como o Bitcoin em dezembro, a cripto entrou numa narrativa de ETF e isso pode trazer uma boa valorização."
  • Solana: "Segue como bom ativo, uma vez que vem se mostrando cada dia mais forte e conseguiu responder muito bem após ter sido colocado à prova em janeiro com muitos airdrops e volume.  Algo que não acontecia no passado."
  • Near: "Vejo como uma grande oportunidade, pois apesar de um projeto grande, com equipe forte e muita utilidade, ainda não passou pela euforia do mercado."

Mychel ainda destacou como um projeto emergente para ficar de olho no Xend Finance, projeto africano investido pelo Google e que vai passar a se chamar RWA, o que pode trazer maior volatilidade e oportunidade de entrada. 

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoins podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.