O Bitcoin (BTC) encenou um retorno breve, mas promissor, para US$ 17.500 durante a noite de 11 de janeiro, à medida que sua força recente persistia.
Bitcoin não consegue conquistar traders céticos
Dados do Cointelegraph Markets Pro e da TradingView mostram que o par BTC/USD atingiu novas máximas locais de US$ 17.504 na Bitstamp.
Quase empatando com o topo de 16 de dezembro, o par exibiu um raro momento de alta em um cenário de volatilidade das mais baixas já vistas durante a temporada de festas.
Traders e analistas antecipam uma reação errática à divulgação dos próximos dados macroeconômicos dos Estados Unidos. Com vencimento em 12 de janeiro, a impressão do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) deve reforçar a narrativa de que a inflação está diminuindo, oferecendo uma potencial janela de oportunidade para ativos de risco.
No entanto, muitas vozes pediram cautela, com a falta de sinais de um suporte fundamental aos preços.
Os comentários de Jerome Powell, presidente do Banco Central dos EUA (Fed), decepcionaram os mercados no dia anterior, ao evitar tratar de políticas futuras ou do estado da própria economia.
“O verdadeiro rompimento ou despejo ocorrerá na quinta-feira, quando os dados do CPI forem divulgados”, resumiu o popular trader Johnny no Twitter.
Uma postagem subsequente advertiu sobre “twittar como touro enquanto o $BTC está sob uma resistência de US$ 17.600 em prazos maiores”, com Johnny anteriormente pedindo aos seguidores que não “se deixassem levar pelo FOMO, especialmente esta semana.”
“O CPI desta semana pode levar os preços de volta aos níveis da semana passada”, argumentou.
A abordagem conservadora parecia sintomática do senso mais amplo de apatia entre os participantes do mercado, com pouca crença de que o BTC pode manter uma recuperação sustentada.
Nas últimas semanas, houve previsões contínuas de preços baixos, com alguns dos traders mais conhecidos focando em US$ 12.000, US$ 10.000 ou até menos.
“Estamos caminhando para a 'descrença'?”, questionou Philip Swift, co-fundador da plataforma de negociação Decentrader.
A visão de Il Capo of Crypto permanece firme, ignorando a recente recuperação do mercado de criptomoedas para insistir que "não havia uma única confirmação de alta ainda."
"Apenas olhe. Está aí, bem diante dos seus olhos. A tendência de baixa está intacta”, comentou ele ao lado do gráfico de três dias do par BTC/USD.
“Bitcoin e a maior parte do mercado estão testando suportes quebrados como resistências. Já vimos isso várias vezes.”
Volume das altcoins é "muito preocupante"
Igualmente duvidoso é o prognóstico para altcoins, mesmo que o Ether (ETH) venha superando o BTC desde quando o rali começou.
O par ETH/USD negociou quase 17% acima das mínimas de US$ 1.150 de meados de dezembro em 10 de janeiro.
Olhando para a dominância do volume de negociação, Maartunn, colaborador da plataforma de análise on-chain CryptoQuant, temia o pior.
“Nos meus 6 anos de experiência em cripto, notei algo importante. Movimentos de preços saudáveis e sustentáveis começam com o Bitcoin subindo, com Ethereum/altcoins a seguir”, escreveu ele em uma postagem no blog da empresa.
“Normalmente, quando os traders ficam entediados com o BTC, eles começam a negociar altcoins que, em geral, estão mais adiante na curva de risco. Isso os torna muito frágeis e fáceis de espremer.”
Um gráfico anexo mostrou a dominância de volume de altcoins acima de 50% do total, potencialmente funcionando como a escrita na parede para os touros.
“Hoje, a dominância das altcoins está novamente acima de 50%. Obviamente, não precisa ser tão pesado quanto esses exemplos. Mas fique atento: enquanto as altcoins continuarem a dominar, há um risco potencial de queda ainda maior”, acrescentou.
As visões, pensamentos e opiniões expressas aqui são exclusivas dos autores e não necessariamente refletem ou representam as visões e opiniões do Cointelegraph.
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