A Meanwhile, empresa de seguros de vida em Bitcoin, arrecadou US$ 82 milhões em uma nova rodada de financiamento liderada pela Bain Capital Crypto e pela Haun Ventures.
A companhia, regulada pela Autoridade Monetária das Bermudas (Bermuda Monetary Authority), planeja usar os recursos para atender à “crescente demanda” por produtos de aposentadoria e poupança denominados em Bitcoin e “protegidos contra a inflação”, segundo anúncio feito na terça-feira.
A Meanwhile oferece seguros de vida, anuidades, produtos de poupança e títulos de seguro baseados em Bitcoin para pessoas físicas e instituições, com todos os prêmios, valores de apólices e reivindicações gerenciados em Bitcoin (BTC).
A Apollo, a Stillmark e a Northwestern Mutual Future Ventures também participaram da rodada de financiamento.
O novo aporte eleva o capital total levantado pela Meanwhile em 2025 para US$ 122 milhões, somando-se aos US$ 40 milhões da rodada Série A de abril, liderada pela Framework Ventures e pela Fulgur Ventures.
Zac Townsend, CEO da Meanwhile, disse ao Cointelegraph que ter investidores tanto do setor cripto quanto das finanças tradicionais mostra que “ambos os domínios veem o Bitcoin como um ativo fundamental para poupança, proteção e transferência de riqueza entre gerações”.
Ele acrescentou que, à medida que a regulamentação avança, espera que “seguradoras e resseguradoras passem a tratar o Bitcoin como um complemento à renda fixa soberana”.
Os investidores que apoiam a Meanwhile afirmam que uma economia baseada em Bitcoin criará uma demanda crescente por novos produtos financeiros denominados em BTC. “Assim como a economia dos EUA foi construída sobre seguros, pensões e hipotecas, a economia do Bitcoin exigirá seus próprios produtos financeiros de longo prazo”, disse Chris Ahn, sócio da Haun Ventures.
Seguros no setor cripto
A Meanwhile foi lançada em junho de 2023, com US$ 19 milhões em financiamento inicial de investidores como o CEO da OpenAI, Sam Altman, e o fundo da Google voltado para IA, Gradient Ventures.
Em março de 2025, a Tabit, seguradora sediada em Barbados, levantou US$ 40 milhões em BTC para respaldar suas apólices de seguro tradicionais. Na ocasião, a empresa afirmou ser a primeira seguradora de propriedade e acidentes a manter toda a sua reserva regulatória em Bitcoin.
Um novo mercado também está surgindo para conectar corretores de seguros e subscritores ao capital de ativos digitais.
Um exemplo é a Nayms, um marketplace on-chain de seguros que conecta provedores de capital e corretores por meio de contas segregadas.
Outro exemplo é a Ensuro, uma (re)seguradora baseada em blockchain que permite a investidores DeFi diversificarem seus portfólios assumindo riscos de seguros do mundo real.