O poder computacional da rede Bitcoin — ou taxa de hash de mineração — atingiu um novo recorde no dia de Natal, mas tem colocado mais pressão sobre os mineradores em meio a uma queda na lucratividade.
Em 25 de dezembro, a taxa de hash do Bitcoin atingiu um recorde histórico de 544 exahashes por segundo (EH/s), segundo a Blockchain.com. Os dados foram confirmados pela Bitinfocharts, que relatou um pico médio de taxa de hash durante o fim de semana.
Isso ocorre enquanto as taxas de hash da rede mais que dobraram este ano, subindo 130% desde janeiro.
No mesmo período em que as taxas de hash do BTC aumentaram, o preço do ativo espelhou virtualmente o gráfico, subindo mais de 150% desde 1º de janeiro de 2023.
O cofundador da Reflexivity Research, Will Clemente, analisou a taxa de hash em uma escala logarítmica, comentando: "O banimento de mineração na China no verão de 2021 é apenas um ponto no gráfico", disse Clemente. "Imagine desacreditar a rede monetária descentralizada de código aberto mais segura do planeta, não poderia ser eu."
Uma alta taxa de hash pode ser boa para modelos teóricos de preço, como preço ajustado pela hash implícita, mas não é uma boa notícia para os mineradores, que devem trabalhar mais para garantir o próximo bloco.
O preço do hash, uma medida de lucratividade, caiu na última semana à medida que a febre das inscrições BRC-20 esfriou. O preço da hash está atualmente em US$ 0,09 por terahashes por segundo por dia, segundo o HashrateIndex.
A lucratividade caiu 34% desde o pico de 2023 de US$ 0,136/TH/s/dia em 17 de dezembro. O preço do hash geralmente dispara durante a demanda elevada, causando altas taxas de transação, como durante a recente febre das inscrições.
“Estamos nos aproximando de quase um ano inteiro sem limpar completamente os mempools do Bitcoin, tendo sustentado pressão elevada de taxas desde fevereiro”, observou o analista da Glassnode “Checkmatey”.
As taxas de hash da rede ultrapassaram a marca de 500 EH/s pela primeira vez no final de novembro, como reportado pelo Cointelegraph.
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