Os volumes de negociação para ETFs de Bitcoin (BTC) dispararam para mais de US$ 1 bilhão no início das negociações em 5 de agosto, à medida que os mercados em colapso desencadearam uma atividade de negociação “extremamente elevada” em todo o setor de criptoativos, disse Alex Thorn, chefe de pesquisa da gestora de ativos Galaxy Digital, em uma postagem na plataforma X.
Após apenas 20 minutos de negociação, os ETFs de Bitcoin já registraram mais de US$ 1,3 bilhão em volume de negociação, com o iShares Bitcoin Trust apresentando o maior volume, superior a US$ 875 milhões, de acordo com a postagem.
Thorn espera que os ETFs de BTC recebam entradas líquidas devido às compras na baixa, já que os investidores correm para aproveitar uma queda de aproximadamente 8% nos preços do BTC spot desde 4 de agosto. A queda foi liderada pelo Ether (ETH), que caiu mais de 21% após fundos, incluindo Jump Trading e Paradigm VC, venderem centenas de milhões de dólares em Ether, segundo um relatório do QCP Group de 5 de agosto.
Analistas afirmam que a Jump já vendeu mais de US$ 377 milhões em ETH e pode ter a intenção de liquidar até US$ 481 milhões no total.
A venda noturna agravou um ambiente macroeconômico em deterioração que abalou todas as classes de ativos. O índice de ações S&P 500 caiu mais de 5% desde 1º de agosto.
De acordo com o relatório, “o sentimento macro também piorou após os dados de desemprego dos EUA ruins na última sexta-feira. Além disso, grandes liquidações em todos os ativos causaram um aumento acentuado na volatilidade”.
O banco central do Japão elevou as taxas de juros em 30 de julho, forçando os traders a desmobilizar rapidamente posições que buscavam aproveitar os baixos custos de empréstimos do país.
Markus Thielen, fundador da 10x Research, disse ao Cointelegraph que espera uma desaceleração no investimento cripto até que o mercado se estabilize:
“A estrutura do mercado, incluindo as entradas de fiat para cripto, tem sido fraca por meses [...] É improvável que grandes players invistam em meio à alta volatilidade e preços imprevisíveis. Muitos ainda precisam sair de posições e desalavancar seus portfólios.”