Durante uma recente entrevista a um podcast, Michael Saylor, da MicroStrategy, expressou a opinião de que grandes corporações que compram e mantêm Bitcoin (BTC) sob sua custódia não devem ser motivo de preocupação.
Ao falar com Natalie Brunell no podcast Coin Stories, publicado em 7 de agosto, Saylor enfatizou a inevitabilidade do crescimento da participação corporativa e de terceiros no ecossistema do Bitcoin.
No entanto, ele sugeriu que, embora os entusiastas do Bitcoin possam desejar total autocontrole ou soberania sobre sua moeda digital, pode não ser a única resposta, pois as pessoas usarão o Bitcoin para diversos fins.
“Precisamos estar preparados para que o Bitcoin infunda tudo”, afirmou Saylor, explicando que, à medida que o Bitcoin se torna mais integrado à sociedade, ele terá muitos casos de uso e não haverá um modelo único para todos.
“Existem vários tipos de usuários. Algumas pessoas sempre farão autoscustódia, algumas usam mutisig [carteira multiassinatura], outras precisarão de um custodiante em três camadas. Haverá necessidade de fins políticos, de utilidade ou de funcionalidade.”

Saylor destacou três razões principais que sustentam a necessidade de custodiantes: técnica, política e natural.
Do ponto de vista político, confiar em terceiros pode ser o único curso de ação.
“O prefeito de Nova York ainda é o prefeito de Nova York. A menos que você se livre da cidade de Nova York, Califórnia ou Islândia, o país, razões políticas significarão a necessidade de custodiantes.”
No lado técnico, haverá pessoas que vão querer fazer transações com criptomoedas usando seus telefones celulares, portanto, confiar em terceiros, como Bank of America e Apple, será inevitável, disse Saylor.
“Bitcoin será uma camada de base. Haverão segundas camadas, como a Lightning, para tornar as coisas mais rápidas. Depois, haverá a terceira camada, como Bank of America e Apple. A terceira camada de custódia vai existir para fornecer funcionalidade.”

Quanto às razões naturais, Saylor sugeriu a possibilidade de que é mais seguro para certas pessoas confiar seus bens a outras.
Ele deu o exemplo de um homem de 85 anos lutando contra a doença de Alzheimer, ou o desejo de garantir propriedades para um neto ainda por nascer.
“Não reclamei que minha mãe e meu pai estavam com as chaves do carro quando eu tinha 12 anos, e não recebi a chave do carro”, afirmou Saylor.
Saylor afirmou que a combinação ideal de integrações com Bitcoin será determinada pelo mercado.
"Não devemos ter medo de todas as diferentes maneiras pelas quais as pessoas integram, envolvem, incorporam ou executam com o Bitcoin, não há uma resposta certa; o mercado determinará a combinação certa de integrações com Bitcoin."
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