Um educador de Bitcoin (BTC) com base na Tanzânia escalou o pico mais alto da África, o Kilimanjaro, financiando toda a viagem através de doações em Bitcoin na Nostr.
Kweks (não é seu nome verdadeiro) financiou coletivamente mais de US$1.700 em Bitcoin (0.0018 BTC) para cobrir os custos da escalada, que também serviu como um anúncio para uma nova academia de educação de Bitcoin na Tanzânia.
Kweks e sua esposa recentemente se mudaram para uma nova cidade na Tanzânia para abrir um centro de aprendizado chamado "Proof of Work Academy", ou POWA. Kweks disse ao Cointelegraph que, enquanto POWA é um trocadilho com o protocolo de consenso do Bitcoin, proof-of-work, também se refere à palavra em suaíli "Poah", que significa fresco ou legal.
Para promover a nova escola e dar uma dica sutil de sua afinidade por protocolos descentralizados, incluindo Bitcoin e Nostr (notes and other stuff transmitted by relay), Kweks financiou a ascensão a quase 6.000 metros em satoshis ou sats, que são a menor denominação de Bitcoin igual a centésima milionésima de 1 BTC.
Doações via Bitcoin Lightning Network vieram de todo o mundo via financiamento coletivo no Geyser Fund e através do Zapraising, que é financiamento coletivo da Bitcoin Lightning Network via Nostr (também chamados de Zaps).
Kweks carregou e agitou uma bandeira gigante da Nostr enquanto compartilhava atualizações de status durante a caminhada de vários dias no X, Nostr e WhatsApp. Falando da Tanzânia, Kweks explicou ao Cointelegraph que, embora o dinheiro arrecadado fosse significativo para cobrir os custos da escalada, o impacto era principalmente educacional:
“Eu achei que [a ascensão] seria um ótimo estudo de caso para mostrar o que o Bitcoin pode fazer e então introduzir algumas pessoas ao Bitcoin também.”
A ascensão demonstrou à sua comunidade local que uma base global de Nostriches (usuários do Nostr) e generosos defensores do Bitcoin em todo o mundo estavam felizes em apoiar a escalada e o trabalho educacional de Kweks no terreno na Tanzânia.
Além disso, Kweks recebeu uma gorjeta de um dos guias que liderava a expedição até o cume do "Kili", como é conhecido localmente, mostrando que há uma adoção básica do Bitcoin na Tanzânia.
Há, evidentemente, algum entendimento sobre Bitcoin na Tanzânia, Kweks explicou — mas um dos principais desafios é a conversão para a moeda local. Empresas como Coinbase, Kraken e Gemini não operam na Tanzânia, então trocar dinheiro por Bitcoin e vice-versa pode ser desafiador.
Durante a caminhada, Kweks recebeu perguntas e comentários curiosos de tanzanianos sobre como ele financiou a aventura e a pergunta inevitável: "O que é Bitcoin?"
No final das contas, a adoção do Bitcoin na Tanzânia é muito diferente do Reino Unido, onde Kweks passou 25 anos de sua vida antes de se mudar para a Tanzânia.
Existe, ele explica, mais um sistema de trocas em vigor na África Oriental. Pode ser um desafio explicar dinheiro e hiperinflação e os motivos pelos quais uma moeda com uma taxa de inflação programada, como o Bitcoin, poderia oferecer um sistema econômico alternativo para a sociedade.
“Quando cheguei na Tanzânia dez anos atrás, US$1 era 1.500 xelins tanzanianos. Hoje, [US$1 equivale a] 2.600. Dez anos depois. É loucura!”
No final das contas, a chave para desbloquear a educação em Bitcoin é usar termos relevantes para as pessoas: “Eu falo com eles sobre quanto o pão está subindo e quanto o combustível está subindo, e eles entendem isso”, Kweks explicou.
“Eles veem que está ficando mais difícil sobreviver. Então, com esses conceitos, eles entendem que a ferramenta Bitcoin pode ajudá-los — e esse é o trabalho. Esse é o trabalho que precisa ser compartilhado e explorado.”
Kweks continua a postar e compartilhar recursos educacionais no Nostr e no X, enquanto o recurso educacional POWA oferece aulas educacionais gratuitas para tanzanianos baseados perto do Kilimanjaro.
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