O fim de semana foi bastante estável e sem intercorrências no que diz respeito aos movimentos de preços do Bitcoin (BTC). Com um baixo volume de negociação, o Bitcoin permaneceu acima dos US$ 48.000. No sábado, chegou a desafiar os US$ 49.000, mas sem sucesso. O volume negociado não era suficientemente alto para promover essa sustentação de preço.

No entanto, a situação mudou desde então de uma forma altamente negativa. O Bitcoin começou a cair na noite de domingo e inicialmente caiu para cerca de US$ 47.000, onde ficou por um tempo.

Os ursos ainda não haviam terminado e continuaram liquidando mais e mais posições, empurrando a cotação para níveis mais baixos. Como resultado, o BTC caiu abaixo dos US$ 46.000 e US$ 45.000. Isso culminou em uma baixa intradiária de US$ 44.400 registrada há poucos minutos.

A perda de mais de US$ 4.000 em menos de 24 horas gerou uma consequência significativa para os traders alavancados. Dados do Bybt mostram que as liquidações neste período ultrapassaram US$ 800 milhões, com a maior posição individual envolvendo ETH na Bitfinex no valor de mais de US$ 15 milhões, 40% de toda a liquidação do mercado, passou pela Binance.

Fonte: Bybt

O preço do Bitcoin e de outras criptomoedas sofreu um grande golpe na segunda-feira, com a capitalização de mercado geral das moedas  caindo abaixo do nível dos US$ 2 trilhões pela primeira vez em quase 10 dias. Ethereum, XRP, ADA e Solana caíram fortemente nas últimas 24 horas.

Efeito Evergrande abala todos os mercados

Os benchmarks de ações dos EUA estavam a caminho de registrar a pior queda diária em mais de dois meses, com a derrapagem sendo atribuída ao colapso potencial da Evergrande. A gigante imobiliária chinesa está ameaçando deixar de pagar US$ 300 bilhões em dívidas que podem afetar os mercados globais.

Fonte: Bloomberg

A Evergrande é a maior incorporadora imobiliária na China, e avisou que não vai conseguir pagar os juros que estão vencendo. As ações já caíram 86% no ano, e caem mais 10% hoje em Hong Kong, segundo dados da Marketwatch.

O temor de uma bolha imobiliária estourando há muito tempo é uma preocupação dos investidores quando se trata da China. Um setor imobiliário altamente alavancado representa mais de 28% da economia da China, de acordo com o Financial Times. As questões cercam o quão dispostas as autoridades chinesas estarão em fornecer um apoio.

Fonte: Bloomberg

Enquanto isso, os detentores de aproximadamente US$ 19 bilhões em títulos denominados em dólares da Evergrande ficam se perguntando o que acontecerá com seus investimentos, enquanto outros investidores tentam avaliar os potenciais efeitos colaterais que um colapso poderia ter no setor imobiliário da China e nos mercados financeiros globais.

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