A empresa de comércio de criptomoedas Currency.com anunciou que interrompeu as operações para clientes com sede na Rússia após a “violência e desordem” do país imposta ao povo da Ucrânia.
Em um anúncio de terça-feira, a Currency.com disse que os residentes russos não poderão mais acessar seus serviços após a decisão da plataforma de impedir que clientes da Rússia abram novas contas. De acordo com o site da Currency.com, a plataforma de negociação de criptomoedas baseada em Gibraltar tem escritórios em Kiev, Londres e Vilnius, mas foi anteriormente licenciada e sediada na Bielorrússia.
“Condenamos a agressão russa nos termos mais fortes possíveis”, disse Vitalii Kedyk, chefe de estratégia das operações da plataforma em Londres e CEO do braço ucraniano da Currency.com. “Nessas circunstâncias, não podemos mais continuar atendendo nossos clientes da Rússia.”
https://t.co/utaDc9wnIa interrompe as operações para residentes da Federação Russa (Rússia). Clientes de outros países e regiões não serão afetados por esta decisão.
Saiba mais: https://t.co/PxQRpgjsGa pic.twitter.com/uhsQJvgp6O
— Currency.com (@CurrencyCom) 12 de abril de 2022
As principais exchanges de criptomoedas responderam a pedidos nas redes sociais para congelar ativos digitais russos ou restringir o acesso de residentes enquanto as forças armadas do país invadem a Ucrânia. Um porta-voz da Binance disse ao Cointelegraph em fevereiro que a exchange não “congelaria unilateralmente milhões de contas de usuários inocentes”, enquanto o CEO da Kraken, Jesse Powell, deu a entender que a única maneira de cortar o acesso dos usuários russos à criptomoeda seria em resposta a sanções.
No entanto, muitas empresas privadas, incluindo as empresas de cartão de crédito Visa e Mastercard, anunciaram após 24 de fevereiro que reduzirão ou interromperão totalmente as operações na Rússia em resposta à guerra. O governo da Ucrânia, por outro lado, utilizou plataformas de criptomoedas para solicitar doações de todo o mundo, arrecadando mais de US$ 60 milhões até o momento da publicação.
LEIA MAIS:
