O ex-chefe da FTX, Sam Bankman-Fried, provavelmente permanecerá atrás das grades até o início de seu julgamento em 3 de outubro, depois que um juiz do Tribunal Distrital dos Estados Unidos negou seu pedido de liberdade temporária.
Em 12 de setembro, o juiz distrital Lewis Kaplan negou a afirmação de Bankman-Fried de que a preparação de seu julgamento foi prejudicada devido ao acesso precário à Internet que tem na prisão, considerando que isso não era motivo suficiente para conceder-lhe liberdade.
"O réu não fez nenhuma demonstração detalhada sobre o material específico que ele alega não ter conseguido acessar pessoalmente e as razões pelas quais essa impossibiliidade realmente impediria sua defesa", explicou Kaplan.

Kaplan acrescentou que os advogados de Bankman-Fried podem fornecer a ele o material a ser analisado em um disco rígido para contornar uma conexão de Internet potencialmente precária.
"Não houve nenhuma sugestão de que o advogado seja incapaz de fazer qualquer pesquisa nos bancos de dados da Relativity ou da AWS que o réu possa desejar e, em seguida, fornecer-lhe os resultados."
O advogado de Bankman-Fried já havia reclamado da conexão de internet ruim da prisão em uma carta de 8 de setembro, explicando que muitas vezes precisavam esperar até 10 minutos para que a página inicial de um determinado site fosse carregada.
Bankman-Fried teve a chance de solicitar o adiamento do início do julgamento, que está marcado para 3 de outubro, mas não o fez, observou Kaplan.
O ex-CEO da FTX enfrentará 12 acusações criminais em dois julgamentos separados. O segundo está programado para começar em 11 de março de 2024. Bankman-Fried se declarou inocente de todas as acusações apresentadas contra ele pelas autoridades dos EUA.
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