A Argentina se tornou o mais novo país em que autoridades governamentais abriram inquéritos para investigar questões relativas à privacidade dos usuários do projeto de criptomoeda Worldcoin.
Em um anúncio divulgado em 8 de agosto, a Agência de Acesso à Informação Pública (AAIP) da Argentina disse que estava investigando a Worldcoin em função da coleta, armazenamento e uso de dados de seus para garantir que ela esteja em conformidade com as leis de segurança e privacidade do país. A Worldcoin (WLD) foi lançada em julho com o objetivo de verificar os usuários por meio da identificação biométrica de suas retinas, despertando a desconfiança de muitos membros da comunidade de criptomoedas em relação à privacidade dos usuários do token.
"Os cidadãos têm o direito, sempre que dados pessoais forem fornecidos, de ter informações claras e acessíveis em relação à atribuição, ao uso e à finalidade para a qual os dados são coletados e processados, especialmente com relação a dados confidenciais, como dados biométricos", disse a AAIP.
La AAIP investiga el tratamiento de datos personales de Worldcoin en Argentina.
— AAIP (@AAIPargentina) August 8, 2023
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AAIP investiga o processamento de dados pessoais da Worldcoin na Argentina.
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Mais de 2 milhões de usuários verificaram sua identidade através do registro biométrico de suas retinas antes do lançamento da Worldcoin em julho. No entanto, após a distribuição de scanners de retina, relatórios sugeriram que o Escritório Estadual de Supervisão de Proteção de Dados da Baviera, na Alemanha, anunciou uma investigação sobre questões de privacidade, enquanto a Comissão Nacional de Informática e Liberdade da França chamou os métodos de coleta de dados do projeto de "questionáveis."
Em 2 de agosto, o ministro de segurança interna do Quênia anunciou que o país suspenderia as operações locais da Worldcoin até que as autoridades tivessem a oportunidade de avaliar qualquer risco potencial para os cidadãos do país. Em 7 de agosto, os meios de comunicação locais informaram que a polícia queniana invadiu uma propriedade da Worldcoin, apreendendo equipamentos que poderiam conter dados de usuários do WLD.
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