O órgão regulador nacional da Argentina concedeu à distribuidora de gás natural Gasnor a aprovação do plano piloto de uso da plataforma de certificação baseada em blockchain conhecida como Gasnet na distribuição do recurso em área com milhões de habitantes.

A plataforma baseada em blockchain, projetada pela IOV Labs e desenvolvida pelo Grupo Sabra, é executada em uma versão empresarial da RSK Smart Contract Network.  

Ambas as empresas começaram a desenvolver uma blockchain autorizada para a gigante local de distribuição de gás Gasnor em 2019.

Após as fases iniciais, a entidade reguladora de gás natural da Argentina, Enargas, aprovou a expansão do projeto em um blockchain de ecossistema nacional para incluir todas as nove empresas de distribuição.

Enargas e Gasnor estão executando um nó na rede Gasnet, montada na versão RSK Enterprise. 

Este último permite o registro de todas as transações processadas na certificação de uma nova instalação ou reconexão de serviços de gás entre o cliente atual ou futuro, o fornecedor de gás registrado e o distribuidor de gás.

Uma solução semelhante fora desenvolvida em Portugal, para a rede de lojas espanhola El Corte Inglés. 

A rede espanhola certificará o uso de energia renovável por meio de blockchain. É uma aliança do conglomerado ibérico com o grupo Energias de Portugal (EDP) que servirá para autenticar uma possível redução nas emissões de CO2 e no uso real de energia limpa. 

Com Gasnet, a situação é diferente. Na rede do consórcio atualmente operacional, os documentos de certificação e os detalhes da transação são compartilhados entre a Gasnor e a Energas, cada qual executando um nó da rede. 

Isso aumenta a visibilidade e diminui os atrasos. Em última análise, isso permite aos técnicos colocarem os dados sobre consumo dos serviços de gás on-line mais rapidamente.

“Quando você deseja certificar uma nova conexão de gás para uma casa ou empresa, hoje em dia é necessário enviar muitos documentos ", afirmou o co-fundador do Grupo Sabara, Pedro Perrota. 

Desde os acordos entre o técnico e o consumidor até a documentação de certificação e outras documentações, "todas essas coisas na Argentina levam muito tempo para serem processadas", disse ele. De fato, leva até três meses.

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