A startup de Web3 aPriori afirmou nesta sexta-feira que a atividade suspeita ligada ao seu recente airdrop não teve conexão com sua equipe, após preocupações de investidores de que uma única entidade teria reivindicado uma parte desproporcional da distribuição de tokens.
Uma entidade misteriosa reivindicou cerca de 60% do recente airdrop do token aPriori (APR) por meio de 14.000 carteiras de criptomoedas interligadas, segundo a plataforma de análise on-chain Bubblemaps. O padrão se assemelha a uma operação de farming do tipo Sybil, em que um único agente usa várias carteiras para maximizar as recompensas.
A aPriori reduziu os critérios de elegibilidade para o airdrop do Monad Mainnet em um esforço para recompensar “usuários genuínos”, mas afirmou nesta sexta-feira que não encontrou “nenhuma evidência de que alguém da equipe contribuinte ou da fundação tenha reivindicado o airdrop”.
O Cointelegraph não conseguiu verificar quem controla o cluster de carteiras e entrou em contato com a aPriori para obter mais detalhes.
O CEO da Bubblemaps, Nick Vaiman, disse que a resposta inicial do projeto pareceu “desdenhosa”, acrescentando que a aPriori sugeriu que um vazamento poderia ter permitido que alguém fizesse o farming do airdrop. “Eles estão dizendo que houve um vazamento e alguém usou essa informação”, afirmou Vaiman ao Cointelegraph.
A aPriori é uma empresa sediada em São Francisco, fundada em 2023. Em agosto, levantou US$ 20 milhões para expandir sua plataforma de infraestrutura de negociação, com participação da Pantera Capital, HashKey Capital e Primitive Ventures, entre outros, totalizando US$ 30 milhões em financiamento.
APriori aumenta alocação do airdrop Monad, investidores cripto permanecem divididos
A aPriori atualizou os parâmetros da próxima alocação do airdrop, que será baseada principalmente na “contribuição social”, segundo o anúncio.
A startup também aumentou o percentual de desbloqueio da sua alocação de airdrop de 12% para 15%, o que significa que os usuários poderão reivindicar 3% a mais de sua alocação quando o mainnet da Monad for lançado em 24 de novembro.
Os 85% restantes poderão ser reivindicados seis meses após o lançamento do mainnet, de acordo com a documentação técnica atualizada da aPriori.
Usuários que desejarem desbloquear sua alocação total podem depositar ativos equivalentes a 10 vezes o valor do airdrop por 14 dias, o que os tornará elegíveis para desbloquear os 85% restantes da sua alocação.
Investidores cripto divididos e setor busca respostas
Os investidores de criptomoedas ficaram divididos após o anúncio da aPriori, expressando ceticismo sobre a falta de detalhes na investigação interna.
“A segunda fase do rug está chegando. Eles literalmente estão pagando botters para promover o hype agora”, disse o investidor de cripto IbrahimXBT, em uma resposta no X na sexta-feira.
Outros usuários demonstraram apoio à equipe da aPriori, culpando os farmers profissionais de airdrop pela reivindicação excessiva.
“Isso é 100% falso, o FUD está sendo orquestrado por uma entidade concorrente”, disse o investidor de cripto FastLife em uma publicação no X em 11 de novembro, acrescentando que “a culpa é dos airdrop farmers”.
No universo cripto, um airdrop farmer profissional (ou squatter) é uma entidade que interage com protocolos emergentes exclusivamente para receber recompensas de airdrop, usando frequentemente várias carteiras para aumentar os ganhos.
Os airdrop farmers consolidaram US$ 3,3 milhões em tokens do airdrop ARB da Arbitrum em março de 2023, transferindo tokens de 1.496 carteiras para apenas duas carteiras sob seu controle.