A empresa de cheque em branco focada em fintechs do influenciador cripto Anthony Pompliano, a ProCap Acquisition Corp (PCAPU), subiu 7% em sua estreia na Nasdaq após ampliar de última hora sua oferta pública inicial (IPO).
A ProCap havia elevado seu IPO de US$ 200 milhões para US$ 220 milhões em 20 de maio, um dia antes de sua estreia pública, precificando os 22 milhões de ações a US$ 10 cada.
As ações da ProCap fecharam o pregão de 21 de maio em alta de 7%, a US$ 10,70, com ganho adicional de 1,6% no after-hours, chegando a US$ 10,87, segundo dados do Yahoo Finance.
A empresa ofereceu aos underwriters uma opção de 45 dias para comprar até 3,3 milhões de ações adicionais ao preço do IPO para cobrir demanda extra.
Em um documento regulatório de 30 de abril, a ProCap afirmou que será uma empresa de propósito específico (SPAC) que buscará investir e potencialmente tornar públicas empresas dos setores de serviços financeiros, ativos digitais, gestão de ativos ou saúde.
Pompliano é um dos maiores defensores do Bitcoin, apresentando um podcast focado em Bitcoin e finanças, além de liderar a gestora Professional Capital Management.
Pompliano afirmou à CNBC em 21 de maio que desejava abrir capital de uma empresa há cinco anos, mas não via demanda suficiente até cerca de seis meses atrás, citando mudanças recentes no cenário regulatório dos EUA.
Ele sugeriu que sua SPAC investirá tanto em empresas cripto quanto de finanças tradicionais, prevendo a convergência dos setores:
“O motivo de usar o termo serviços financeiros é que o novo mundo digital e o velho mundo tradicional estão se fundindo.”
Pomp diz que SPACs não foram bem utilizadas no passado
Na CNBC, Pompliano foi questionado sobre por que optou por fazer da ProCap uma SPAC, dado o histórico de falhas desse tipo de estrutura por conflitos de interesse, diluição, avaliações especulativas e escrutínio regulatório.
Ele respondeu que as SPACs ganharam má reputação porque muitas empresas as usaram como capital de risco público, mirando companhias de alto crescimento que ainda operavam com grandes prejuízos.
Pompliano destacou que investiu “milhões de dólares” do próprio bolso.
“Estamos realmente comprometidos,” afirmou. “Estou assumindo um grande risco de reputação.”
Brent Saunders, CEO da empresa de produtos de saúde Bausch + Lomb, também se juntou como conselheiro estratégico. Saunders já completou mais de US$ 300 bilhões em fusões e aquisições nos últimos 17 anos.