Dois sites vinculados à exchange de criptomoedas FTX foram retirados do ar em 9 de novembro após a crise de liquidez que abateu as empresas de Sam Bankman-Fried e a aquisição frustrada da empresa por sua rival Binance. Os sites da Alameda Research e do braço de capital de risco da empresa, a FTX Ventures, ficaram off-line e tornaram-se privados. Os sites da FTX e da FTX US permanecem acessíveis.

O Cointelegraph entrou em contato com a Alameda em 9 de novembro para obter uma declaração a respeito, mas não recebeu resposta até o momento da publicação deste artigo. Os desdobramentos mais recentes incluem relatos não confirmados de que a maioria da equipe jurídica e de conformidade da FTX se demitiu em 8 de novembro.

O fundador e CEO da FTX admitiu a crise de liquidez em 8 de novembro, poucas horas depois de garantir que os "ativos dos clientes estão bem", acrescentando que a exchange não investira os fundos dos clientes em operações financeiras e nem mesmo em títulos do tesouro dos EUA.

A crise se desenrolou depois que o CEO da Binance, Changpeng Zhao, ou CZ, divulgou sua decisão de liquidar sua posição de 23 milhões de FTX Token (FTT) - equivalentes a mais de US$ 520 milhões no início desta semana - por questões de gerenciamento de risco. A notícia desencadeou uma liquidação do FTT, que estava sendo negociado a US$ 2,75 no momento desta publicação – amargando uma queda de 89,1% nos últimos sete dias.

Conforme relatado pelo Cointelegraph, alguns dos acionistas da FTX souberam do acordo com a Binance via Twitter em 8 de novembro. Em uma carta dirigida aos investidores da exchange, SBF pediu desculpas por ter se mantido inacessível nos últimos dias, reconheceu que não tinha ideia do que exatamente significaria o acordo com a Binance e, por fim, encerrou a carta dizendo que estará “bastante ocupado” nos próximos dias e que voltará a se manifestar “quando tiver tempo."

Os próximos passos do CEO da FTX permanecem obscuros. A Binance desistiu do acordo depois de revisar a estrutura e os livros da empresa, informou o Wall Street Journal, citando fontes não identificadas.

A FTX foi apoiada por grandes fundos de capital de risco, incluindo a empresa de investimentos estatal de Singapura Temasek, Sequoia Capital, BlackRock, SoftBank, Ontario Teachers’ Pension Plan, Paradigm, Circle, Ribbit Capital, Alan Howard, Tiger Global e Multicoin Capital.

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