A empresa britânica de entretenimento imersivo Layered Reality anunciou uma nova iniciativa que vai usar recursos de inteligência artificial (IA) para criar novas apresentações ao vivo do rock Elvis Presley.
"Elvis Evolution" será uma experiência imersiva para os fãs do astro do rock que conjugará IA e projeções holográficas de Elvis produzidas com milhares de fotos pessoais e vídeos caseiros para trazê-lo de volta à cena.
Os espectadores serão conduzidos por uma jornada virtual da vida de Elvis, desde sua cidade natal no Mississippi e sua propriedade particular em Graceland até as icônicas apresentações do cantor em Las Vegas.
O CEO da Layered Reality, Andrew McGuinness, disse em uma entrevista à Reuters que o "clímax" da experiência será a apresentação "ao vivo" de Elvis produzida com recursos de IA.
O show estreia em Londres em novembro desse ano e depois viajará para outras cidades, incluindo Las Vegas, Berlim e Tóquio.
O Cointelegraph entrou em contato com a Layered Reality para obter informações adicionais sobre os sistemas de IA usados na recriação de Elvis, mas não obteve retorno.
Esse é o segundo caso nos últimos meses em que a IA foi usada para "trazer de volta à vida" uma estrela do passado para se apresentar novamente no presente.
Em novembro de 2023, o Universal Music Group (UMG) lançou aquela que foi considerada a "última música" dos Beatles com uma pequena ajuda da IA. A faixa chamada "Now and Then" tornou-se possível graças ao uso da IA para reproduzir o vocal de John Lennon.
Outros músicos da cena pop também estão aderindo à tendência do uso de IA para criação de novas faixas. Grimes, a popular musicista e produtora, foi uma das primeiras artistas a se manifestar sobre a tecnologia. Em abril de 2023, ela disse que dividiria 50% dos royalties com os criadores que gerassem músicas com IA usando sua voz.
Pouco tempo depois, Grimes lançou seu próprio programa de software de código aberto, elf.tech, que se dedica exclusivamente a replicar legalmente sua voz com IA para a criação de novas faixas musicais.
Entretanto, a produção musical com recursos de IA nem sempre tem sido recebida com grande entusiasmo. Essa foi uma das principais questões da greve do Sindicato de Atores de Rádio e Televisão dos Estados Unidos, que interrompeu todas as produções de Hollywood por 118 dias em meados do ano passado.
O acordo que acabou sendo fechado definiu e estabeleceu limites para a criação, o uso e a alteração de "réplicas digitais" de artistas.
Apesar do fim da greve, muitos profissionais da cadeia produtiva do entretenimento continuaram insatisfeitos com a perspectiva do uso de IA no setor, que poderia reduzir as suas oportunidades de trabalho no presente e ocasionar situações imprevisíveis sobre o uso futuro de suas imagens.
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