Um ex-aluno do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e executivo da SoftBank lançou uma stablecoin vinculada ao dirham que visa fornecer a países afetados por ambientes de alta inflação exposição a ativos vinculados à moeda fiduciária dos Emirados Árabes Unidos (EAU).
O Cointelegraph entrou em contato com Akshay Naheta, co-fundador e CEO da Distributed Technologies Research (DTR), após o anúncio da stablecoin DRAM que foi listada nos protocolos de finanças descentralizadas Uniswap e PancakeSwap em 3 de outubro.
A empresa sediada em Abu Dhabi vem desenvolvendo a tecnologia para uma stablecoin vinculada ao dirham desde outubro de 2022. Naheta reiniciou a DTR na jurisdição, que ele ajudou a co-fundar na Suíça em 2019.
O DRAM é um token Ethereum ERC-20 emitido pela Dram Trust, sediada em Hong Kong, enquanto um administrador independente responsável por aprovar a criação e queima de tokens supostamente é licenciado e regulamentado pela Autoridade Monetária de Hong Kong.
Atualmente, a DTR não pode oferecer o DRAM em Hong Kong ou nos Emirados Árabes Unidos, mas Naheta indica que conversas estão em andamento para fornecer liquidez do token para listagem em exchanges centralizadas fora das duas jurisdições.
Os parâmetros regulatórios exigem que reservas fiduciárias em dirhams sejam depositadas antes que quaisquer tokens DRAM possam ser criados, com as reservas supostamente mantidas por instituições financeiras regulamentadas.
O site da DRAM também vincula os endereços do contrato inteligente da stablecoin para Ethereum, BNB Smart Chain e Arbitrum. O contrato do token Ethereum reflete um fornecimento total máximo de 2 milhões de DRAM no momento da publicação, enquanto o contrato da Arbitrum reflete 499.999 DRAM, e o contrato da BNB Smart Chain detém 2,5 milhões de DRAM.
Uma pesquisa de antecedentes feita pelo Cointelegraph revelou o lançamento anterior da Distributed Technologies Research na Suíça há quatro anos.
A empresa passou a desenvolver um sistema de pagamentos descentralizado chamado Unit-e, que foi projetado e construído por uma série de acadêmicos e desenvolvedores por meio de parcerias e subsídios com instituições acadêmicas de alto perfil, incluindo a Universidade de Stanford, o MIT e a Universidade de Illinois.
O Cointelegraph estabeleceu que Naheta fundou a DTR durante seu tempo na SoftBank. O projeto Unit-e da DTR era uma rede de pagamentos descentralizada escalável construída por uma equipe de desenvolvimento sediada em Berlim.
"A ambição original em 2019 era também perturbar os pagamentos e criar um protocolo que teria uma capacidade muito alta com eficiência significativa em custos."
Naheta compartilhou detalhes dos esforços da empresa em "sua encarnação anterior" em um resumo completo do protocolo Unit-e revisado por pesquisadores da Universidade de Illinois. A equipe que está construindo a stablecoin DRAM conta com cerca de 30 funcionários permanentes e contratados.
Naheta disse que, embora a DTR não possa comercializar a DRAM nos Emirados Árabes Unidos, a empresa espera demanda de empresas na região que estão lidando com alta inflação e problemas cambiais:
"A ligação com o AED [dirham] foi impulsionada pelo bom desempenho e atratividade da economia dos Emirados Árabes Unidos e pelo desejo de opções de investimento em ativos digitais estáveis nesta região."
Os Emirados Árabes Unidos estão se tornando um hub para o incipiente espaço de criptomoedas e Web3 devido a estruturas regulatórias favoráveis que visam fomentar a inovação financeira e a adoção de ativos digitais.
Empresas como a Coinbase e outras grandes exchanges têm falado abertamente sobre futuras operações na jurisdição, enquanto a gigante do setor, Binance, já está operacional em Dubai.
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