Aave (AAVE), a plataforma de empréstimos financeiros descentralizados, lançou o ecossistema Lens Protocol na blockchain Polygon (MATIC) como forma de desafiar as plataformas de rede social centralizadas como Twitter ou Facebook. O que começou com uma carta aberta para angariar apoio em torno da ideia de que os criadores de conteúdo devem possuir e controlar suas identidades digitais, levou ao desenvolvimento de uma rede social nativa da Web3 alimentada por tokens não fungíveis (NFTs).

Em uma conversa no Twitter Spaces que a empresa organizou esta semana, Stani Kulechov, CEO e fundador da Aave, descreveu a missão por trás do Lens Protocol.

"Queríamos construir um protocolo de rede social, ou essencialmente um gráfico social, e tornar esses perfis on-chain, seguindo os relacionamentos on-chain e criando uma maneira sem permissão de distribuir conteúdo entre um criador e o público".

Kulechov e sua equipe de desenvolvedores investigaram os problemas com as atuais plataformas de rede social. De acordo com um dos desenvolvedores que atende por @Zer0dots no Twitter, "Somos pessoas. Não somos produtos. Não somos números nem pontos de dados." Ele está se referindo ao conteúdo nos feeds dos usuários, seja uma foto no Instagram ou um Tweet, que a Meta ou o Twitter podem vender como dados para profissionais de marketing. Ele descreveu como o Lens Protocol quer que "os usuários deixem de ser os produtos" para dar aos criadores propriedade suficiente para escolher como seu conteúdo é distribuído.

1/ Algo está florescendo... https://t.co/UMUs3qT3SD

— LensProtocol.eth (@LensProtocol) 7 de fevereiro de 2022

Basicamente, o protocolo permite que os usuários criem um perfil, que é um NFT totalmente combinável. Esses NFTs dinâmicos contêm o histórico de todas as postagens, republicações, comentários e outros conteúdos gerados, incluindo música, comentários, arte, fotografia e vídeo. Uma diferença importante é que os perfis estão vinculados a um endereço de carteira e os proprietários podem escolher como monetizar seu conteúdo. Um seguidor também pode coletar a publicação de outra pessoa e receber uma NFT de acompanhamento negociável.

"E você pode escolher quem vai coletá-los", disse @Zer0dots. "Você pode escolher qual lógica será executada. Existe uma taxa? É uma curva de títulos que é assinatura? Ou são apenas endereços específicos que você quer? Há muitas opções diferentes."

Durante a sessão do Twitter Spaces, a equipe da Aave também sugeriu a possibilidade de transformar os perfis em uma organização autônoma descentralizada, ou DAO. Um seguidor pode optar por ter poder de votação e delegação sobre o que poderia ser um perfil DAO.

Aave comparou este novo ecossistema a um "jardim de desenvolvedores" de código aberto, onde eles convidam a comunidade a "pegar fertilizante" e desenvolver o protocolo, desde aplicativos sociais e plataformas de análise até ferramentas DAO. O objetivo da empresa é espelhar a interação social da vida real que não está vinculada aos algoritmos e políticas em mudança de uma plataforma.

Por enquanto, o código do Lens Protocol está disponível para teste na Polygon Mumbai Testnet. De acordo com Kulechov, a Polygon foi a cadeia de escolha devido à velocidade de transação e à relação custo-benefício, e como os aplicativos podem ser implantados em qualquer cadeia por ser compatível com a máquina virtual Ethereum.

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