À medida que o ecossistema de tokens evoluiu, surgiram muitas redes blockchain diferentes. Equipes diferentes estão seguindo caminhos diferentes para oferecer aos usuários maneiras de interagir com criptoativos, mas todas esperam inaugurar a adoção em massa.

De longe, a mais bem-sucedida dessas redes foi a Ethereum, pioneira em contratos inteligentes que inspirou outras redes como Avalanche (AVAX), BNB Chain e Solana (SOL).

Mas enquanto os vários concorrentes do Ethereum (ETH) obtiveram sucesso oferecendo um sistema de contratos inteligentes como velocidades mais altas e taxas mais baixas, um projeto se destacou por adotar uma abordagem diferente: o Cosmos.

O token nativo do ecossistema Cosmos, o Atom, já subiu mais de 1.168% saindo de US$ 1.16 para uma alta histórica de US$ 44.45, embora o token seja negociado hoje em US$ 14.73 ele já subiu mais de 55% somente em 2023, superando a alta do Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e outras criptomoedas.

Para o analista Mel Gelderman, CEO da token.com, foi certeiro ao prever a alta do Bitcoin em janeiro deste ano, o Cosmos é um gigante adormecido. Ele destaca que o Cosmos é um projeto blockchain focado no suporte à interoperabilidade entre cadeias.

"Foi um dos primeiros a entrar no ecossistema de tokens, defendendo a ideia de comunicação multicadeia antes que a maioria dos outros projetos pensasse nisso. O Cosmos atua como um hub que conecta redes blockchain individuais e possui vários recursos inovadores. Em breve, cada blockchain conectado ao Cosmos Hub se beneficiará do recurso Interchain Security do ecossistema, dificultando o ataque a novas redes", destacou.

Além disso, ele aponta que graças ao recurso Inter-Blockchain Communication da Cosmos, blockchains separados podem se comunicar facilmente entre si. Isso cria um ambiente onde os usuários ativos do Cosmos podem mover livremente seus tokens entre diferentes redes, e cada rede é protegida pelo Cosmos Hub. A BNB Chain é construída usando o SDK da Cosmos.

"O Cosmos recebeu menos publicidade do que muitas das chamadas redes de “camada 1 alternativa” que ganharam destaque em 2021, mas vimos os ventos começando a mudar. Os volumes de negociação em projetos nativos do Cosmos, como Osmosis e Canto, dispararam no início de 2023, e seus tokens nativos também se beneficiaram do aumento do interesse", afirma.

Gelderman afirma que o desenvolvimento das aplicações baseadas em blockchain aumentará a demanda por interoperabilidade entre cadeias e essa é a grande cartada que o Cosmos tem em mãos.

"Por esse motivo, estou observando o Cosmos muito de perto. É um gigante adormecido", pontuou.

Cosmos no curto prazo

No curto prazo, o analista Crispus Nyaga afirma que o preço do ATOM está em uma forte tendência de alta.

"Ele conseguiu subir acima do ponto de resistência chave em US$ 13,46 (máximo de 6 de outubro). O rali da criptomoeda está sendo apoiado pelas médias móveis de 25 e 50 dias. Também formou o que parece ser um padrão de xícara e alça, que geralmente é um sinal de uma continuação de alta", disse.

No entanto, ele aponta que o Índice de Força Relativa (RSI) formou um padrão de divergência de baixa.

"Isso pode ser um sinal de que a moeda provavelmente terá um recuo em breve. No entanto, com base nos princípios de acompanhamento de tendências, a moeda provavelmente continuará subindo enquanto estiver acima das duas médias móveis", afirmou.

Nyaga também aponta que o preço do Cosmos também subiu devido à atividade otimista no ecossistema.

Recentemente, algumas das principais plataformas do ecossistema tiveram um bom desempenho. Por exemplo, o Band Protocol, o maior oráculo do ecossistema, viu seu valor total garantido (TVS) saltar em conjunto com a recuperação do DeFi.

"Cronos, a blockchain do Crypto.com, viu seus protocolos DeFi como Tectonic, VVS Finance e Single Finance terem visto seus TVLs saltarem mais de 20% nos últimos 30 dias. Além disso, UMEE, um protocolo Cosmos DeFi, viu seu TVL saltar para mais de US$ 6 milhões em menos de um mês. Portanto, isso fortalece a tendência de alta para o Cosmos", finalizou.

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