Marcel Pechman #43

Analista e Autor no Cointelegraph

Marcel Pechman & Analista e Autor no Cointelegraph & background` Marcel Pechman & Analista e Autor no Cointelegraph & poster`
Marcel Pechman & Analista e Autor no Cointelegraph
Categoria Investimento
Formação PUC - RJ
Conhecido por Ser um dos mais famosos analistas de cripto do mercado, após longa atuação nos mercados "tradicionais"
person-quote
Se tivermos a volta da hiperinflação e/ou do controle cambial o brasileiro médio vai fugir para as criptomoedas.

Bio:

Marcel Pechman atuou como trader de renda variável por 18 anos nos bancos UBS, Pactual, Deutsche e Safra.

Graduado em administração de empresas pela PUC-Rio e pós-graduado em Engenharia de Produção, desde meados de 2017 atua exclusivamente em criptos. Marcel é redator da Inversa Publicações e do Portal do Bitcoin, e é colunista da edição global do Cointelegraph.

O impacto do Covid-19 no mercado de criptomoedas

Acredito que o vírus em si não tem nenhuma relação com o mercado de criptoativos, uma vez que a "corrida para segurança" que derrubou os mercados acionários também foi inicialmente negativa para o ouro, o petróleo, o Bitcoin, e tantos outros ativos.

Já em relação ao início de crise causada pela alavancagem excessiva das empresas, governos baixando juros de forma quase ininterrupta desde a crise de 2008, além da estrutura deficitária da maioria dos governos, o resultado final para o Bitcoin é um só: moon - ou caminho para uma nova máxima histórica.

Bilhões de dólares deixaram de significar algo, essa é a lição disto tudo. O Bitcoin foi feito pra isso!

O mercado global de criptomoedas daqui a 10 anos

Como diria Satoshi: ou teremos gente pra caramba utilizando - mesmo que via Lightning Network e outras soluções de segunda camada - ou estará definitivamente morto. Se morrer, a culpa não será de ataque de 51% ou falha no código, uma vez que o Bitcoin é um protocolo, não um produto. Já passamos por bugs bizarros no passado e o consenso soube contornar o problema.

Enfim, ou estaremos acima de USD 1 milhão - dinheiro de hoje - ou os governos e fintechs se unirão e criarão uma solução boa o suficiente, tirando o poder de imprimir das mãos de poucas pessoas.

O futuro para as criptomoedas no Brasil?

O governo vai chegar com a mão forte, coibindo transações de câmbio através de criptomoedas, seja sobretaxando ou criando dificuldades burocráticas. Isto inicialmente irá reduzir bastante o fluxo no país, mas não possui relação alguma com o uso no dia a dia pelo cidadão comum.

Se tivermos a volta da hiperinflação e/ou do controle cambial, a exemplo do que ocorre na Argentina, certamente o brasileiro médio vai fugir para as criptomoedas. Inicialmente stablecoins, claro, mas num segundo momento para o Bitcoin.

Seu papel na indústria de criptomoedas e blockchain

Assim como os colegas Felipe Sant'Anna da Paradigma e Lucas Bassotto da NOX Bitcoin, meu objetivo há alguns anos é aprofundar o conhecimento sobre Bitcoin e finanças descentralizadas, mas ao mesmo tempo tentar passar para o cidadão comum a importância em ter o controle de suas próprias chaves privadas.

Não adianta revolucionar o sistema se no final das contas os Bitcoins vão seguir sob um ETF, custodiante terceirizado ou exchange. Não há meio termo em relação aos benefícios do Bitcoin: descentralização não é um fim, e sim um meio para se livrar de grupos tiranos e aproveitadores, coisa que sempre irá existir.