No último dia 4 de novembro, a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e o ILP (Instituto do Legislativo Paulista), fizeram um seminário com 200 vagas trazendo o tema "Ciência e inovação: blockchain e segurança de dados".

No evento, palestraram Marcos Antônio Simplício Junior da Escola Politécnica da USP, Percival Lucena da IBM Research Brasil, Alexandre Melo Braga do Instituto de Computação da Unicamp e José Ricardo de Oliveira Damico da Compplied Computação Aplicada, com temas que iam desde o uso da blockchain em segurança à rastreabilidade de alimentos e operações.

O intuito do evento foi levar mais conhecimento à população com relação à tecnologia blockchain, que é intrínsicamente ligada às criptomoedas e que já tem uma grande gama de utilidades fora do mercado criptográfico.

“A blockchain funciona como um grande consenso sobre a autenticidade de uma transação, de forma distribuída. Qualquer coisa que tenha posse, você pode identificar o dono em determinado momento e encontrando um bloco você pode reconstruir a cadeia inteira”, explicou Simplício.

Já Percival Lucena, da IBM, disse que “a partir do momento que você tem todas as informações nessa rede, você tem ganhos econômicos. E o consumidor tem a garantia de que o produto final foi feito de maneira correta”. Ele ainda completa: “O sistema público representa diversos elos de uma cadeia. É fundamental que os Estados participem dessas redes”.

O deputado estadual Ricardo Mellão, do Partido Novo, participou do evento e acrescentou ao tema. “A administração pública exige transparência e a blockchain permite isso”.

Várias esferas do governo brasileiro estão abrindo às portas para a blockchain. Como tem noticiado o Cointelegraph Brasil, nas últimas semanas o governo federal anunciou a Rede Nacional de Dados de Saúde pelo governo federal, foi feito o registro do primeiro bebê através de uma blockchain no Brasil através da IBM e o BNDES promoveu um evento dedicado à tecnologia.

Por outro lado, o país não é o primeiro a adotar a cadeia de blocos em procedimentos públicos. A OriginalMy, plataforma desenvolvida por brasileiros com base na Estônia, reconhecida na União Europeia, é um dos cases que surgiu como uma forma de desburocratizar autenticação de documentos em cartório.

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